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Brasil

Qualidade do ar melhorou no Rio com isolamento social

Região metropolitana teve redução na emissão de gases tóxicos

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A qualidade do ar vem melhorando gradativamente no Rio e na região metropolitana desde que a quarentena entrou em vigor, em 17 de março. Um levantamento realizado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), nos meses de abril e em maio, revelou que houve uma redução na liberação de dióxido de nitrogênio (NO2) e de monóxido de carbono (CO) na atmosfera.

Na estação de monitoramento da qualidade do ar localizada em área de abrangência do Distrito Industrial de Santa Cruz, na zona oeste da cidade, os resultados mostram uma redução de 91% na emissão de NO2 em maio, se comparado ao período anterior ao isolamento social.

Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a concentração de NO2 apresentou uma diminuição de 47%, e em Itaguaí, 16%. Em Volta Redonda, na região do Médio Paraíba, onde está instalada a Companhia Siderúrgica de Volta Redonda (CSN) a redução foi de 23% de dióxido de nitrogênio.

A concentração de monóxido de carbono também diminuiu. No bairro do Engenho de Dentro, na zona norte do Rio, houve uma queda de 55% desse poluente, enquanto que, em Santa Cruz, na zona oeste da cidade, a diminuição foi de 32%.

Para o diretor de Segurança Hídrica e Qualidade Ambiental do Inea, Hélio Vanderlei, esse resultado pode ser considerado uma consequência do distanciamento social. “A redução das atividades nas indústrias e na mobilidade urbana possibilitou uma melhora na qualidade do ar”.

O NO2 é emitido principalmente pela queima de combustível, em veículos e atividades industriais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está cada vez mais associado aos casos de bronquite, asma e infecções respiratórias. Já o CO é emitido pela queima de combustível de automóveis.

Monitoramento
O Inea monitora a qualidade do ar em 58 estações que medem continuamente parâmetros meteorológicos e as concentrações de poluentes dispersos no ar. Os poluentes analisados são óxido de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), ozônio (O3) e hidrocarbonetos; compostos orgânicos voláteis, como o benzeno; e micropartículas sólidas e líquidas suspensas no ar.

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