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Estado

Nuamac Dianópolis ministra palestra baseada no tema “Ame muito a mulher que você é”

Femicídio foi um dos principais temas abordados pelo defensor público Raphael Silvério na sexta-feira, 29

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Palestra ministrada pelo defensor público José Raphael Silvério

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já tem a quinta maior taxa de feminicídios entre 84 nações pesquisadas. E, a despeito de possuir diversas políticas de proteção à mulher – como a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 – o País ainda convive com rotina de uma mulher morta a cada duas horas. Estes dados foram apresentados na palestra “Ame muito a mulher que você é”, ministrada pelo defensor público José Raphael Silvério, coordenador do Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Dianópolis, na sexta-feira, 29, em palestra voltada para a comunidade do município localizado a 342 km de Palmas.

O evento, que aconteceu no Centro de Convivência, contou com a participação de equipe dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e conselhos municipais de Dianópolis, com um total de 280 pessoas, dentre jovens, idosos, deficientes, acadêmicos da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) e sociedade em geral. A iniciativa é do Cras e da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Nuamac de Dianópolis.

Na ocasião, o defensor público falou sobre os altos índices de feminicídio e a violência contra a mulher em geral. “De acordo com dados do Tribunal de Justiça do Tocantins, a violência contra mulher contabiliza um total de 3.593 mil casos com condenação, com ou sem a morte da vítima. Isso é um absurdo”, expressou o defensor público.

Segundo ele, é crescente tais índices no Tocantins, abordando especialmente as medidas protetivas e a Lei Maria da Penha. “A violência contra a mulher precisa ser enfrentada, seja ela qual for. O feminicídio ocorre diariamente, atinge a todas as classes e é hoje um dos maiores problemas de saúde pública do País”, declarou Raphael Silvério.

Ainda de acordo com o defensor público, nos três últimos anos, a Justiça do Tocantins concedeu 5.864 medidas protetivas para mulheres que alegam sofrer violência doméstica por parte dos companheiros ou ex-companheiros. “Tais disparidades quase sempre refletem resultado de fatores sociais, culturais, e econômicos profundamente enraizados que precisa ser mudado.”

Após a palestra, o defensor público atendeu aos participantes, oferecendo orientações de assistência jurídica. O evento contou, ainda, com a participação da presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção Dianópolis-TO, Cláudia Rogéria Fernandes; coordenadora e professora do curso de Direito da Unitins, Beatriz Cilene Mafra; do prefeito de Dianópolis, padre Gleibson Moreira Almeida; do assessor técnico do Nuamac Magno Gledson Romão Moura; e representantes do Conselho da Pessoa com Deficiência, Conselho do Idoso e da Criança e do Adolescente; do Cras; do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), e do Centro de Atendimento Psicossocial (Caps).

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