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Noite Inclusiva destaca união da escola e família no processo de desenvolvimento dos autistas

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Na última terça-feira, 30, a Secretaria Municipal de Educação promoveu a 1ª noite Inclusiva, em que foi tratado sobre o autismo, que é um transtorno de desenvolvimento que compromete as habilidades de comunicação e interação social e geralmente aparece até os 3 anos de vida.

Foi uma noite de troca de experiências em que pais de crianças atendidas pela rede municipal de ensino contaram os desafios das crianças na rotina diária e no processo educacional. A palestrante, psicóloga Flávia Marra, debateu sobre “autismo, família/Escola: desafios e potencialidades”, em que expôs a importância da escola no processo de reconhecimento da patologia e, que embora alguns pais não aceitem, os professores têm essa missão de falar quando observar algo diferente, pois é uma ajuda imprescindível. Ela que é mãe de uma criança autista, de 09 anos, comentou que é normal um luto quando se recebe o diagnóstico, mas que ele seja curto, para logo buscar o acompanhamento para que a criança se desenvolva. Destacou ser uma batalha diária, mas a família precisa ter uma postura firme frente ao autismo e buscar conhecimento e ter paciência para lidar com o autista. “A vida vai nos dando os caminhos e é importante destacar que família, escola e saúde devem caminhar de mãos dadas”, enfatizou.

O prefeito Laurez Moreira parabeniza a todos os servidores da rede que atendem as crianças especiais com muito carinho como se fossem os próprios filhos e que esse carinho é um apoio extra no desenvolvimento das crianças. O gestor também enaltece a perseverança dos pais de todas as crianças especiais e o entendimento de que elas precisam conviver normalmente e por isso a importância de estar dentro das salas de aulas regulares, claro que com o apoio das Salas de Recurso. Por entender a relevância desse processo e responsabilidade da escola é que a gestão não tem medido esforços para ampliar as Salas de Reforço e capacitar os profissionais porque todas as crianças necessitam ter um ensino de qualidade e equidade.

O secretário Municipal de Educação, Eurípedes Fernandes, destacou que a Secretaria tem buscado diariamente melhorar o atendimento aos alunos especiais, não apenas os autistas, que hoje são 36 na rede, mas todos os especiais que precisam o atendimento escolar. “A educação pública é para todos, então temos que buscar oferecer um ensino de qualidade a todas as crianças”. O secretário expos alguns números e segundo ele, em 2013, quando assumiu a pasta, a Secretaria atendia apenas 48 alunos especiais. “Não era porque em Gurupi não tinha alunos especiais, é porque havia a necessidade de uma atenção maior para identificar esse aluno, montar uma estrutura para chegar a esse aluno que estava abandonado”, comentou afirmando que atualmente a rede atende a 168 alunos especiais. Conforme o secretário a rede contava com quatro professores especializados para atender nas salas Atendimento Educacional Especializado (AEE), hoje são 14 professores especializados. Profissionais de Apoio, eram seis, hoje são 48 para dar o suporte conforme preconiza a lei; Psicólogo a Secretaria não contava com nenhum, porque conforme a legislação a gestão não tem essa obrigação, mas se o gestor for preocupado com o processo de inclusão ele se sensibiliza e disponibiliza esse profissional para identificar com mais rapidez alguma patologia e hoje a Secretaria conta com duas psicólogas. Outro número pontuado por Eurípedes, é que o governo federal envia para o custeio do atendimento ao aluno especial, por ano, cerca de R$ 785 mil, sendo que só com a folha de pagamento dos profissionais especializados para manter a estrutura atual é investido cerca de R$  1.627.000,00. “Só se chega a esse nível quando temos um gestor que entende que é preciso dar atenção. Se não é um prefeito que tem esse olhar, ele vai aplicar apenas aquilo que o governo federal disponibiliza, mas em Gurupi, o prefeito Laurez Moreira, faz um esforço para alcançar esse objetivo, porque não são apenas números, são pessoas que precisam desse cuidado”, finalizou.

O servidor público Dóris Barros, avó de duas crianças autistas, contou um pouco da experiência e afirmou que quando as meninas, Alexia e Angelina, que são gêmeas tinham sete meses, já foi observado que elas eram diferentes e com um ano de idade a família começou o tratamento com terapias. Atualmente as meninas estudam no Cemei Irmã Divina e frequentam no contra turno a Sala de Reforço da Escola Municipal Domingos Barreira de Amorim e o avó só tem elogios ao atendimento que as netas recebem.  “Elas estão evoluindo muito e isso em parte deve-se ao empenho, apoio e carinho da escola”, destacou completando que as netas estão dando uma lição de vida a toda família. “Hoje eu e minha família somos outras pessoas, elas nos ensinam muito. Hoje estamos um pouco mais moldados para conviver nessa sociedade cheia de preconceitos ”, confirmou.

Quem também compartilhou um pouco da experiência, foi Rosinete Lopes, mãe do Antônio Emanoel, de que estuda no Odair Lúcio. Também elogia o atendimento da escola que dá todo o suporte. Segundo ela, foi no Cemei Irmã Divina, que os professores a aconselharam a procurar uma neuropediatra para investigar o caso da criança, por isso ela destaca a importância da escola no processo de descobrimento do autismo. Segundo ela, a escola que o filho estuda o acompanha com todo o carinho, com técnicas que ele consegue entender e está evoluindo.

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