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Cidades

Estudantes de Gurupi expõem medo e ansiedade durante palestra; Cerca de 150 alunos participaram do momento

Cinco turmas do ensino médio do Colégio Arizinho foram contempladas

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Uma iniciativa da equipe multidisciplinar da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), da regional de Gurupi, possibilitou que estudantes se abrissem e falassem dos seus sentimentos pessoais. Foi durante uma edição do projeto Defensoria Pública nas Escolas, na manhã desta quarta-feira, 22, no Colégio Arizinho, quando cinco turmas do ensino médio foram contempladas.

Segundo a psicóloga Isabel Cristina Izzo, tudo aconteceu a partir de uma simples pergunta: “Qual é o seu maior desejo para hoje?” O questionamento abriu espaço para o diálogo, surgindo diversos tipos de respostas no papel em branco entregue para cada um. “Foram encontradas muitas respostas com algumas palavras soltas, outras enfatizaram a importância de terem mais dinheiro”, contou. Mas, outras chamaram atenção. “Com questões emocionais, envoltas de sentimentos de baixa aceitação de si mesmos e de se sentirem na maioria do tempo, infelizes.”

Estudantes desabafaram sobre o momento psicológico pelo qual estão passando: “Estou cansada psicologicamente de mim”; “Que alguém me acorde por dentro e me tire desse nada que eu me tornei”; “Ser como antes, sem paranóias e ansiedade”; “Desejo sorrir mais e ter menos ansiedade”; “Alguém me acordar e falar que tudo que eu já passei era tudo um sonho e que acabou, e tudo vai voltar ao normal ou então mudar de rotina pra começar tudo de novo, porque não está fácil viver. Voltar a ser a pessoa que eu era antes”; “O que eu gostaria é que as pessoas notassem quem está passando por depressão e ajudassem, ao invés de ficar falando mal dos outros, no lugar de tentar ajudar ou até mesmo perguntar se a pessoa precisa de companhia. Muitos julgam sem saber o que a pessoa tá passando”.

Na ocasião, os estudantes foram orientados a buscarem ajuda junto a profissionais, como os psicólogos e outras pessoas nas quais confiem para juntos buscarem alguma alternativa para os problemas sentidos por cada um.

Segundo Isabel Cristina, cerca de 150 alunos foram convidados a falar sobre a adolescência, os sentimentos, sonhos e desejos para o futuro. “Também foram questionados quanto ao que estariam fazendo para mudar a realidade descrita, pela maioria, como chata e desestimulante.”

A boa notícia, é que fases positivas também se destacaram: “Desejo que hoje tudo o que planejei dê certo e que meu dia seja feliz”; “Ter um dia feliz, poder cumprir todas as metas que planejei para hoje, poder ajudar alguém que esteja precisando e ser o mais paciente possível, assim como o pessoal da Defensoria”.

Para a psicóloga, momentos como esses são gratificantes. “Nos incentivam a continuar dialogando com quem precisa, enxerga e agradece  o que damos de nós ao outro. Nosso tempo, nosso afeto, nosso saber, tornando o Projeto Defensoria nas Escolas mais humanizado, eficaz, trazendo bons resultados e transformações para todos”, finalizou.

Esta edição do Defensoria Pública nas Escolas também contou com a participação das assistentes sociais Ivone de Sousa Carvalho Viana e Daniela Silva Portilho.

Projeto

O projeto “Defensoria Pública nas Escolas” promove a cidadania através de temas que levem à reflexão e ação em face dos problemas que afetam a sociedade. Os temas são escolhidos de acordo com os principais problemas enfrentados pela comunidade local. O objetivo é instruir a comunidade escolar, sobre o exercício da cidadania por meio dos eixos norteadores (cidadania e ética, direito, saúde e violência e paz), levando em consideração as peculiaridades de cada localidade, e assim colaborar com o processo de educação. O Projeto é desenvolvido sob a coordenação da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep) em parceria com a Secretaria Estadual da Educação, Juventude e Esporte (Seduc) e da Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed).

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