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Assentamentos de Formoso do Araguaia começam a receber as cestas básicas do Governo do Tocantins

Objetivo é garantir a segurança alimentar de pequenos produtores na pandemia

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Sem máquinas para trabalhar a terra, Walmir não conseguiu cultivar a lavoura este ano e viu a renda familiar cair bastante esse ano

As famílias residentes em propriedades rurais da região de Formoso do Araguaia começaram a receber as cestas básicas do Governo do Tocantins nesta segunda-feira, 25. A ação é uma determinação do governador Mauro Carlesse para garantir a segurança alimentar de pequenos produtores que tiveram a renda afetada pela pandemia do novo Coronavírus.

Diante deste cenário, a ação Tocantins Contra o Coronavírus já percorreu milhares de quilômetros entregando cestas básicas em assentamentos rurais da região do Bico do Papagaio e agora na região sul do estado.

O produtor Walmir Souza, 75 anos, foi um dos cidadãos contemplados nessa segunda fase do projeto. Morador do assentamento Gameleira, localizado a 50 km de Formoso do Araguaia, Walmir contou que este ano foi difícil trabalhar na lavoura e que praticamente nada do que foi cultivado chegou a ser vendido pela família.

“Já foi difícil colher para comer, vender então é que não deu. Quase que não trabalhamos com a roça esse ano porque não consegui uma máquina [trator] para gradear a terra. Quando a coisa apertou, tive que vender um dos bezerros”, relatou o produtor.

Seu Walmir Souza mora no assentamento junto com a esposa e sobrevive com ajuda da aposentadoria e do complemento que a terra dá. Contudo, nos últimos anos relatou que as dores na coluna tornaram ainda mais difíceis a vida no campo.

Dificuldades

O pequeno produtor de todo o Brasil ainda encontra muitas dificuldades para tornar suas lavouras rentáveis, e os principais problemas estão na falta de acesso a novas tecnologias e maquinários.

O engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Marco Aurélio Gonçalves, que faz parte da comitiva que está entregando os alimentos, contou que essa realidade é comum no país.

“Cada região precisa de um tratamento especial para a terra, esses pequenos produtores não têm acesso aos insumos para tratar o solo e nem como fazer as correções necessárias. Além de faltar máquinas agrícolas, as pequenas propriedades também não dispõem de sistemas de irrigação e controle de pragas, tornando o processo ainda mais trabalhoso”, esclareceu Marco Aurélio Gonçalves.

Foi o caso da senhora Maria Rezende Silva, 67 anos, que viu, neste ano, toda a sua plantação de feijão se perder por conta de pragas na lavoura.

“Morreu tudo aqui na roça porque veio uma praga e matou todos os brotos de feijão de uma só vez. Depois disso, não tentamos mais nada. Eu e meu marido já estamos com idade avançada, fica difícil de trabalhar no sol quente assim, então essas cestas vieram em muito boa hora”, contou.

Próximas cidades

Nos próximos dias, a caravana segue viagem para atender pequenos produtores das cidades de Sandolândia e Araguaçu. O roteiro segue também para os municípios de Palmeirópolis, Jaú, São Salvador e Talismã, que finalizam essa segunda etapa da ação Tocantins Contra o Coronavírus.

 

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