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De acordo com pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 43% das crianças e jovens no Brasil já foram vítimas de bullying. Muito comum nas escolas, o bullying ocorre quando o indivíduo é agredido por uma pessoa ou grupo, de forma física ou verbal e, geralmente, a ação é repetitiva, podendo causar transtornos psicológicas nas vítimas ou até danos físicos.

As causas dessa prática são as mais variadas, desde preconceitos de raça ou classe a discriminação por conta de características que fujam de algum “padrão de normalidade” da sociedade, é o caso de quem tem as orelhas em abano.

O estudante Vinnicius Medeiros, 18 anos, sofreu bullying durante a infância e adolescência em decorrência dessa má formação das orelhas que atinge cerca de 5% da população. “Até os 7 anos eu não me incomodava com as minhas orelhas, tinha nascido assim, então não queria fazer a cirurgia, mas, quando o bullying começou, eu vi que precisava”, contou.

A cirurgia de correção das orelhas em abano possui um custo alto, assim, nem todos podem pagar pelo procedimento. A família de Vinnicius precisou juntar dinheiro durante alguns anos para que ele pudesse realizar a reparação, em 2013, já aos 13 anos de idade.

“Os planos de saúde não costumam cobrir esse tipo de procedimento porque, apesar dos danos à saúde mental das pessoas que sofrem diariamente com o bullying, ainda o consideram apenas de ordem estética”, explica o cirurgião plástico Marcelo Assis, que é fundador do Projeto Orelhinha.

Projeto Orelhinha

O Projeto realiza cirurgias, desde 2010, cobrando em média um terço do valor de mercado do procedimento. Isso é possível porque, para que as cirurgias aconteçam, o Orelhinha faz parcerias com especialistas e centros médicos a fim de baratear os custos por meio de mutirões.

“Se na minha época eu tivesse tido acesso a um projeto como esses, teria sofrido bullying por um tempo muito menor, não teria tido tantos problemas com a minha autoestima. O perrengue não teria sido o mesmo. O Orelhinha pode ajudar muita gente”, afirmou o estudante.

Inscrição

Os interessados em realizar o procedimento através do Projeto devem, primeiramente, participar de uma palestra em que receberão instruções sobre a cirurgia e preencherão a ficha cadastral, além de já terem a cirurgia pré-agendada. As primeiras palestras no Estado serão realizadas no mês de abril em Palmas, no dia 16, e em Araguaína, no dia 17. Mais informações no site www.projetoorelhinha.com.br ou pelo telefone 0800 718 7804.

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